domingo, setembro 24, 2006

O lançamento de American V: A Hundred Highways, disco póstumo do mestre Johnny Cash, atiçou minha curiosidade: quais músicas ele interpretaria em um álbum só com canções brasileiras? Eu escolhi nove músicas, aleatoriamente, sem muito critério. Só fiz questão de imaginar que Cash não trocaria o traje preto por uma camisa florida ao desembarcar por aqui, e faria versões bem melhores que as originais. Imaginei, também, a voz grave de sempre e cansada dos últimos anos, a guitarra áspera e o clima ligeiramente soturno de American IV e V. E em português quase impecável.
O repertório:
Traumas (Roberto e Erasmo): Para sentir lá na medula.
Como uma onda (Lulu Santo e Nelson Motta): Não se deixe enganar pelo óbvio. A versão do Man In Black não é indicada para luais e rodinhas de violão.
Garoto de aluguel (Zé Ramalho): De diferente, só o sotaque.
Tem que acontecer (Sérgio Sampaio): Outra com o arranjo bem parecido com o original.
Quarta parede (Mundo Livre): Para conquistar as gerações mais novas.
Preciso de me encontrar (Cartola): Música que ele conheceria aqui no Brasil, horas antes de começar a gravar.
Morning Train (Raul Seixas): A única em inglês.
Naquela mesa (Sérgio Bittencourt): Nelson Gonçalves sentiria uma fisgada de ciúme.
Meu querido, meu velho, meu amigo (Roberto e Erasmo): Mais uma do Rei, dando uma pista de quais discos o velho Cash levaria na bagagem de volta para casa.
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