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quarta-feira, dezembro 28, 2005

uns dias atrás elaborei a seguinte teoria: se você encontra alguém que não vê há anos, embora tenha os seus contatos (e-mail, telefone e essas coisas todas), não precisar gastar preciosos minutos com aquele papo de "como está, o que está fazendo, está gordo, magro, blá, blá, blá". por quê? porque se a amizade fosse verdadeira não haveria necessidade desse tipo de papo, pois os dois estariam mantendo contato por e-mail, telefone ou sinais de fumaça. ou seja, pra quê gastar dez, vinte, até trinta minutos conversando com alguém que não lhe importa e nem se importa contigo? (acho que me enrolei nos pronomes, deixa pra lá). basta um aperto de mão, um sincero "prazer em revê-lo" e pronto, tudo bem para as duas partes, sem resquício algum de hipocrisia.

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terça-feira, dezembro 20, 2005

da série personalidades

fabiano bogattieri é um publicitário de 23 anos. diretor de arte de uma grande agência da cidade, fumante há dois anos e meio e dono de três tatuagens, não sai de casa sem seu ipod nano, com o qual escuta suas bandas prediletas: Tindersticks, Radiohead, Sigur Rós, Placebo, Flaming Lips, Mogwai, Jóhann Jóhannsson, Portishead, Monster Movie, The Blá Blá Blás...dono de uma lista de 356 amigos no orkut, abastece o corpo branco e esquálido com doses semanais de skol consumidas em baladas da cena alternativa. nessas ocasiões aproveita para falar mal do clima brasileiro e bem dos pubs e da cerveja londrinos, flertar com a universitariazinhas e discorrer sobre a nova salvação do rock. só evita falar, embora a lembrança não saia da memória, dos tempos em que era o mosquito elétrico do colégio e não tinha vaga nem em jogo de queimada com as menininhas.

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sexta-feira, dezembro 09, 2005

da série "grandes homens voadores"



12 de abril de 1961. O tenente Yuri Alekseyevich Gagarin, a bordo do Vostok I, está prestes a se tornar o primeiro homem a ir ao espaço. Abaixo dele um foguete de três estágios, 38 metros de altura e 290 toneladas espera ansioso para arremessá-lo a uma velocidade de 28 mil quilômetros por hora. Sobre seus olhos, duas únicas possibilidades: em alguns minutos seria herói ou mártir da corrida espacial.

Filho de carpinteiro, entrou na Força Aérea em 1955. Suas excepcionais qualidades o levaram ao prestigiado posto de piloto de testes. Histórias sobre o seu talento e a sua vontade de integrar o Programa Espacial Soviético chegaram aos ouvidos do alto oficialato. Não demorou para que seu nome estivesse entre os dos 20 eleitos que disputariam o único lugar no exíguo cockpit da Vostok. Baixote – media menos que 1,60m –, Gagarin crescia nos exaustivos testes físicos e psicológicos. Foi escolhido em abril de 1960.

A operação foi um sucesso, para orgulho do mundo comunista e alívio dos responsáveis pelo programa, assombrados pelas dúvidas que um feito como aquele suscitam. Tanto que Gagarin foi promovido a major ainda em órbita, a uma distância de 327 km da superfície terrestre.

O vôo da Vostok foi controlado por terra, para evitar o risco de que reações imprevistas causadas pela ausência de gravidade no organismo do piloto provocassem um desastre. Caso a navegação automática falhasse, havia uma chave lacrada em um envelope que daria acesso aos controles da nave. Se houvesse uma pane mais séria, a Vostok retornaria naturalmente à Terra em 10 dias, de acordo com a órbita traçada. 108 minutos após a decolagem Gagarin pisava em terra, depois de ejetar da Vostok a 7 km de altitude. Foi recepcionado por uma velha senhora e pela filha dela, que saíram em disparada ao ver um ser vestindo um brilhante macacão laranja e capacete branco. “Não tenham medo, sou um soviético como vocês. Desci do espaço e preciso de um telefone para ligar para Moscou”, disse Gagarin às duas testemunhas apavoradas.

Transformado em ídolo do regime comunista em plena Guerra-Fria, a princípio soube lidar com a fama, mas começou a exagerar no álcool e enfrentou problemas no relacionamento com a esposa Valentina Gorycheva, com quem vivia desde 1957. Ingressou na política, retornando alguns anos mais tarde às atividades aeroespaciais. Em 1968, enquanto treinava para voltar a ser piloto de testes, morreu na queda de um MIG-15. Detratores afirmaram que ele estava alcoolizado no momento do acidente. A imprensa soviética publicou que ele não ejetou para desviar o aparelho de uma escola. As duas versões são falsas.

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quarta-feira, dezembro 07, 2005

a gazeta AM vai pagar a conta do seu celular arrrrrr

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sexta-feira, dezembro 02, 2005

onde estão as luzes do natal? nem naquele ano do racionamento de energia tivemos um fim de ano tão apagado aqui em vitória. que pena!

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