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sexta-feira, outubro 28, 2005

nomes que eu gostaria de ter se eu fosse:

colombiano: alfonso reinteria
espanhol: sete gibernau
croata: davor suker
canadense: gilles villeneuve

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domingo, outubro 23, 2005

há alguns minutos eu estava lendo a gazeta, como sempre faço, quando dei de cara com a matéria "beverly hills: a praia dos artistas". para os felizardos que não sabem, beverly hills é um pedaço da praia de itapuã freqüentada pela juventude dourada capixaba, um point com "muita gente bonita", onde rola a maior "azaração". a visão da manchete e da ferrari amarela - que ilustra a página junto com as fotos de duas loiras inacessíveis a um jornalista fracassado como eu - atiçou os meus instintos botocudos, inundando o meu sangue com vontade de potência suficiente para enfrentar sozinho um pelotão da SS nazista, domar o boi bandido e surrar torcedores do flamengo ensandecidos com o rebaixamento. por sorte sou menino de apartamento e me contentei em rasgar o jornal. pena que sou menino de apartamento bem-comportado e contive meu gesto, ao lembrar que o resto da família ainda não havia lido o magnífico diário.

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sábado, outubro 22, 2005

o papagaio aprende a falar ouvindo as voz dos humanos ao redor. será que um espécime aprenderia a ler com as folhas de jornal ou revista que forram o fundo da sua gaiola? se isso fosse possível, como se comportaria um papagaio alfabetizado pelo notícia agora?

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terça-feira, outubro 04, 2005

às armas, cidadãos!
estive à procura de matérias e artigos para reforçar meus argumentos contra a proibição do comércio de armas de fogo, mas só achei opiniões simplistas, quase sempre referentes à batida questão de desarmar o "cidadão de bem". cansado da idiotice inveterada, pensei em embasar minha opinião nas raízes do liberalismo político, medida ideal se não exigisse tanto esforço. sem alternativa senão o besteirol do movimento viva brasil ou leituras e mais leituras de adam smith e seguidores, decidi opinar sobre o referendo no melhor estilo adriane galisteu & cia: com argumentos próprios, na base do achismo, sem citar fulano ou beltrano. vamos ver no que dá.




liberdade acima de tudo
sou totalmente a favor da liberdade. liberdade política, de expressão, de mercado. defendo o aborto, a eutanásia, a clonagem de seres humanos com fins medicinais, o casamento gay, a redução drástica dos impostos e da burocracia pública, o fim do voto obrigatório.
sou também a favor da legalização das drogas, desde que o usuário assuma a responsabilidade pelos danos que vier a sofrer e seja duramente punido caso prejudique outras pessoas. em relação às armas não seria diferente. por mim, todo cidadão maior de idade teria o direito de portar uma arma leve para garantir a própria segurança, sofrendo, contudo, penas severas caso abusasse deste direito.

é mais fácil varrer a poeira para baixo do tapete
o referendo vai custar mais de 200 milhões de reais ao erário, quantia suficiente para informatizar sei lá quantas delegacias, ou reformar um bom número de presídios, ou mesmo contratar mais policiais. uma quantia formidável, jogada latrina adentro pelos nossos digníssimos parlamentares, que maquiavelicamente preferem investir em uma lei eleitoreira a encarar o problema da segurança pública de frente, por meio medidas que comprovadamente reduzam a violência.

proibição vai turbinar o tráfico de armas
a campanha do desarmamento aliada à vitória do SIM no referendo reduzirá o número de armas em circulação no país, não há duvida. reduz-se a oferta, mas a procura, esta tende a aumentar, e não falo de gente honesta. aumenta-se geometricamente a procura, diminiu-se aritmeticamente a oferta, e veremos os preços das armas inflacionados. consequentemente, veremos traficantes de armas com mais dinheiro para reinvestir em ações criminosas (meus queridos, eles não pensam em comprar uma casa decente para os pais, isso é coisa de jogador de futebol), e o surgimento de mais uma modalidade de crime: os poucos profissionais autorizados a portar uma arma correrão o risco se tornar alvos de ladrões de armas. problema deles? então saiba que o segurança do banco, ou do shopping ou da casa lotérica tem mãe, ou pai, ou esposa, ou filhos, ou irmãos esperando por ele em casa.

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