sábado, julho 30, 2005
nomes que eu gostaria de ter se eu fosse:
inglês, ou americano, ou irlandês...: marcos fitzgerald;
alemão: marcos schroeder (günter também é legal);
holandês: marc overmars;
paraguaio: roque santa cruz;
francês (não desconfiem da minha masculinidade, é só uma hipótese): marcos lefebvre;
italiano: gennaro;
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inglês, ou americano, ou irlandês...: marcos fitzgerald;
alemão: marcos schroeder (günter também é legal);
holandês: marc overmars;
paraguaio: roque santa cruz;
francês (não desconfiem da minha masculinidade, é só uma hipótese): marcos lefebvre;
italiano: gennaro;
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sexta-feira, julho 29, 2005
vou começar uma limpeza no meu orkut. delatarei contatos. mais por sadismo que por necessidade prática, já que só tenho 54 cabeças na minha friend-list. há uns meses deletei um cara chato que vivia me convidando para comunidades imbecis e tomei gosto. na seqüência apliquei um "you are fired" em uma mulher que me adicionou do nada, pegou meu msg mas não conversava. recentemente deletei uma desconhecida que eu havia adicionado. pensei em ficar somente com friends que eu poderia contatar pelo telefone sem explicar longamente o motivo da ligação, mas cheguei à conclusão que seria mais fácil eu me deletar do orkut e depois voltar. então vou fazer o expurgo aos poucos, tipo um delete a cada mês, segundo critérios que só cabem a mim.
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segunda-feira, julho 25, 2005
às armas, cidadãos!
O DESARMAMENTO RESOLVERÁ 2% DA VIOLÊNCIA
... (TALVEZ)
__Cândido Prunes*
O Ministério da Saúde recém divulgou dados muito importantes sobre a violência no Brasil na última década. Eis alguns deles:
Entre 1991 e 2000 aconteceram 265.642 mortes por arma de fogo no Brasil. Para dar a dimensão desse número, basta dizer que na Guerra do Paraguai (1865 – 1870) pereceram do lado brasileiro aproximadamente 50 mil soldados. Ou seja, em uma década morreram 5 vezes mais pessoas do que durante todo o conflito armado mais importante no qual o País se envolveu no século XIX.
Aproximadamente 2% dessas mortes resultaram de acidentes com armas de fogo (5.423 pessoas)
Quase 5% dos mortos por armas de fogo resultaram de suicídios (12.895 casos)
Aproximadamente 82,2% dessas mortes resultaram de homicídios (218.421 casos)
Esses dados permitem algumas conclusões:
Como se sabe, há muitos anos que os delinqüentes mais violentos utilizam armas de uso privativo das Forças Armadas, o que sempre foi proibido. Nos últimos meses, o que se viu nas filas da Polícia Federal foram idosos de classe média entregando armas velhas por temor que fossem usadas contra si. Se a estatística da década pesquisada se repetir, o desarmamento praticamente não terá efeito sobre 82,2% dos casos.
Suicidas também não devem entregar armas. Ou então encontram outras formas de tirar a própria vida. Se Getúlio Vargas não tivesse uma arma, provavelmente teria saltado de uma janela do Catete. Assim, a política de desarmamento também não reduzirá significativamente a taxa de suicídio nos próximos dez anos.
Restam, portanto, 2% de acidentes fatais com armas de fogo que poderão ser reduzidos. Sabe-se que os bandidos continuarão usando armas, podendo ocasionar acidentes. Quem tem porte de arma também pode se envolver em acidentes com elas. Assim é lícito concluir que o impacto do desarmamento sobre essa estatística será muito limitado.
Por outro lado, os bandidos, diante de uma população desarmada, se verão ainda mais ousados em suas ações. Mas a análise sobre o impacto negativo da política de desarmamento já é outro assunto. Por enquanto, fica a reflexão sobre os números do Ministério da Saúde.
19.11.2004
* Vice-Presidente do Instituto Liberal
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O DESARMAMENTO RESOLVERÁ 2% DA VIOLÊNCIA
... (TALVEZ)
__Cândido Prunes*
O Ministério da Saúde recém divulgou dados muito importantes sobre a violência no Brasil na última década. Eis alguns deles:
Entre 1991 e 2000 aconteceram 265.642 mortes por arma de fogo no Brasil. Para dar a dimensão desse número, basta dizer que na Guerra do Paraguai (1865 – 1870) pereceram do lado brasileiro aproximadamente 50 mil soldados. Ou seja, em uma década morreram 5 vezes mais pessoas do que durante todo o conflito armado mais importante no qual o País se envolveu no século XIX.
Aproximadamente 2% dessas mortes resultaram de acidentes com armas de fogo (5.423 pessoas)
Quase 5% dos mortos por armas de fogo resultaram de suicídios (12.895 casos)
Aproximadamente 82,2% dessas mortes resultaram de homicídios (218.421 casos)
Esses dados permitem algumas conclusões:
Como se sabe, há muitos anos que os delinqüentes mais violentos utilizam armas de uso privativo das Forças Armadas, o que sempre foi proibido. Nos últimos meses, o que se viu nas filas da Polícia Federal foram idosos de classe média entregando armas velhas por temor que fossem usadas contra si. Se a estatística da década pesquisada se repetir, o desarmamento praticamente não terá efeito sobre 82,2% dos casos.
Suicidas também não devem entregar armas. Ou então encontram outras formas de tirar a própria vida. Se Getúlio Vargas não tivesse uma arma, provavelmente teria saltado de uma janela do Catete. Assim, a política de desarmamento também não reduzirá significativamente a taxa de suicídio nos próximos dez anos.
Restam, portanto, 2% de acidentes fatais com armas de fogo que poderão ser reduzidos. Sabe-se que os bandidos continuarão usando armas, podendo ocasionar acidentes. Quem tem porte de arma também pode se envolver em acidentes com elas. Assim é lícito concluir que o impacto do desarmamento sobre essa estatística será muito limitado.
Por outro lado, os bandidos, diante de uma população desarmada, se verão ainda mais ousados em suas ações. Mas a análise sobre o impacto negativo da política de desarmamento já é outro assunto. Por enquanto, fica a reflexão sobre os números do Ministério da Saúde.
19.11.2004
* Vice-Presidente do Instituto Liberal
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domingo, julho 24, 2005
no dia 02 de outubro vamos decidir se as armas de fogo devem ser comercializadas ou não no país. o referendo, como a maioria das decisões políticas daqui, é confuso, oneroso (vai custar 200 milhões aos cofres da viúva) e oportunista (é melhor para um deputado abraçar essa causa que lutar pela revisão do código penal, por exemplo). acho que já dá pra saber qual será o meu voto. mas não vou participar só nas urnas. vou começar uma campanha pró armamento aqui no blog, a primeira do microondas. como tudo que faço por aqui, vai ser uma campanha, digamos, randômica, ainda mais porque tenho outras obrigações que me rendem uns cobres. mas se o lobby dos armeiros quiser financiar a campanha...
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terça-feira, julho 19, 2005
enquanto isso, no messenger:
BAGNUM diz:
helo cabelo
A vida dança aos goles diz:
hello marquito
A vida dança aos goles diz:
cara
A vida dança aos goles diz:
be here now ´w muito foda
A vida dança aos goles diz:
do oasis
JABAGNUM diz:
é o último?
A vida dança aos goles diz:
nao
JABAGNUM diz:
nunca ouvi
JABAGNUM diz:
tenho aqui os dois primeiros e o penúltimo
A vida dança aos goles diz:
bão mesmo
A vida dança aos goles diz:
este é fodasso
JABAGNUM diz:
deve ser o terceiro
A vida dança aos goles diz:
vc conhece radiohead?
JABAGNUM diz:
sim, já ouvi muito agora não ouça mais
JABAGNUM diz:
muito pra baixo
A vida dança aos goles diz:
pode crer
A vida dança aos goles diz:
hehehe
A vida dança aos goles diz:
o ok computer é mesmo
A vida dança aos goles diz:
o the bends eu já acho um outro radiohead
JABAGNUM diz:
se eu quiser me sentir triste é só dar um pulo no caixa eletrônico. não preciso desses aditivos
A vida dança aos goles diz:
são os unicos discos que eu consigo ouvir
A vida dança aos goles diz:
tudo o que veio depois foi doidera da cabeça deles
A vida dança aos goles diz:
sei lá
A vida dança aos goles diz:
lixo
A vida dança aos goles diz:
hauhauhauhauhuah
JABAGNUM diz:
aqui tem kidA. só peguei mesmo pra limpar
JABAGNUM diz:
nunca ouvi
A vida dança aos goles diz:
quebbra ele
JABAGNUM diz:
não, é do meu irmão
A vida dança aos goles diz:
eles deveriam se sentir envegonhados ou desitir
A vida dança aos goles diz:
depoois do the bends
JABAGNUM diz:
bando de fela da puta. o cara dirige carro alemão e fica reclamando da vida, dado uma de atormentado
A vida dança aos goles diz:
toma no cu
A vida dança aos goles diz:
hehehehehhehehe
A vida dança aos goles diz:
huahuahuahuha
JABAGNUM diz:
em vez de comer mulher, que é o melhor antidepressivo que existe...
A vida dança aos goles diz:
the hives, conhece?
A vida dança aos goles diz:
pois é
JABAGNUM diz:
sim, me amarro no primeiro
A vida dança aos goles diz:
pode crer
JABAGNUM diz:
quando peguei, ouvi direto
JABAGNUM diz:
ah, na época gostei. mas agora não desce não
A vida dança aos goles diz:
pode crer
A vida dança aos goles diz:
hj eu também não curto tanto
JABAGNUM diz:
imagina ouvir belle e sebastian na boléia de um caminhão? não dá.
A vida dança aos goles diz:
huahuahuahuha
JABAGNUM diz:
já escrevi num site
A vida dança aos goles diz:
mas com uma mina de acarias no querto escuro dá
A vida dança aos goles diz:
huahuahuhauhauhauhuhaa
A vida dança aos goles diz:
que massa hein
A vida dança aos goles diz:
foi mandado embora?
JABAGNUM diz:
acarias?
A vida dança aos goles diz:
hehehhehe
JABAGNUM diz:
que porra é essa?
A vida dança aos goles diz:
ou quebrou
A vida dança aos goles diz:
caricias
A vida dança aos goles diz:
trocando carinho
JABAGNUM diz:
não, quebrou mesmo
A vida dança aos goles diz:
huahuahuahua
A vida dança aos goles diz:
não aquele carinho gay também né
JABAGNUM diz:
vc quiz dizer no quarto o zacarias, hahahahahaa
A vida dança aos goles diz:
hehehhehehehe
A vida dança aos goles diz:
pode crer
JABAGNUM diz:
é, cabelo
A vida dança aos goles diz:
credo marquito
A vida dança aos goles diz:
vc acha?
A vida dança aos goles diz:
huahuahhaua
JABAGNUM diz:
hahahaahah
A vida dança aos goles diz:
hehehehehehe
JABAGNUM diz:
música boa pra curtir com uma mina é um taty quebra barraco
A vida dança aos goles diz:
vc conhece super furry animals?
A vida dança aos goles diz:
caralho de porra é essa
JABAGNUM diz:
não, tá baixando? eles são suecos?
JABAGNUM diz:
porra, não conhece a taty?
JABAGNUM diz:
funqueira de letras pornográficas?
A vida dança aos goles diz:
que massa
A vida dança aos goles diz:
ela pelo menos é gostosa
A vida dança aos goles diz:
eu tenho um disco deles
JABAGNUM diz:
porra, no florica rola
A vida dança aos goles diz:
eu gostei pra caralho
JABAGNUM diz:
que nada, uma baita duma baranga. o slogan dela é "sou feia mas estou na moda"
A vida dança aos goles diz:
ahahahahaha
JABAGNUM diz:
e echo and the bunnyman?
A vida dança aos goles diz:
a grande ilusão do feio, pobre, fudido, que não faz sexo, que mora em favela
A vida dança aos goles diz:
pode crer
A vida dança aos goles diz:
conheço
A vida dança aos goles diz:
vou baixar também
A vida dança aos goles diz:
cara muita coisa
A vida dança aos goles diz:
uhuhauhuahhauhauhua
JABAGNUM diz:
raapz, feia é. pobr e fudida deixou de ser. sexo deve fazer pra caralho. pobre sabe o qu eé bom, se deixa levar pelos instintos
A vida dança aos goles diz:
heheuhauhauhuahuahuhaua
Comments:
BAGNUM diz:
helo cabelo
A vida dança aos goles diz:
hello marquito
A vida dança aos goles diz:
cara
A vida dança aos goles diz:
be here now ´w muito foda
A vida dança aos goles diz:
do oasis
JABAGNUM diz:
é o último?
A vida dança aos goles diz:
nao
JABAGNUM diz:
nunca ouvi
JABAGNUM diz:
tenho aqui os dois primeiros e o penúltimo
A vida dança aos goles diz:
bão mesmo
A vida dança aos goles diz:
este é fodasso
JABAGNUM diz:
deve ser o terceiro
A vida dança aos goles diz:
vc conhece radiohead?
JABAGNUM diz:
sim, já ouvi muito agora não ouça mais
JABAGNUM diz:
muito pra baixo
A vida dança aos goles diz:
pode crer
A vida dança aos goles diz:
hehehe
A vida dança aos goles diz:
o ok computer é mesmo
A vida dança aos goles diz:
o the bends eu já acho um outro radiohead
JABAGNUM diz:
se eu quiser me sentir triste é só dar um pulo no caixa eletrônico. não preciso desses aditivos
A vida dança aos goles diz:
são os unicos discos que eu consigo ouvir
A vida dança aos goles diz:
tudo o que veio depois foi doidera da cabeça deles
A vida dança aos goles diz:
sei lá
A vida dança aos goles diz:
lixo
A vida dança aos goles diz:
hauhauhauhauhuah
JABAGNUM diz:
aqui tem kidA. só peguei mesmo pra limpar
JABAGNUM diz:
nunca ouvi
A vida dança aos goles diz:
quebbra ele
JABAGNUM diz:
não, é do meu irmão
A vida dança aos goles diz:
eles deveriam se sentir envegonhados ou desitir
A vida dança aos goles diz:
depoois do the bends
JABAGNUM diz:
bando de fela da puta. o cara dirige carro alemão e fica reclamando da vida, dado uma de atormentado
A vida dança aos goles diz:
toma no cu
A vida dança aos goles diz:
hehehehehhehehe
A vida dança aos goles diz:
huahuahuahuha
JABAGNUM diz:
em vez de comer mulher, que é o melhor antidepressivo que existe...
A vida dança aos goles diz:
the hives, conhece?
A vida dança aos goles diz:
pois é
JABAGNUM diz:
sim, me amarro no primeiro
A vida dança aos goles diz:
pode crer
JABAGNUM diz:
quando peguei, ouvi direto
JABAGNUM diz:
ah, na época gostei. mas agora não desce não
A vida dança aos goles diz:
pode crer
A vida dança aos goles diz:
hj eu também não curto tanto
JABAGNUM diz:
imagina ouvir belle e sebastian na boléia de um caminhão? não dá.
A vida dança aos goles diz:
huahuahuahuha
JABAGNUM diz:
já escrevi num site
A vida dança aos goles diz:
mas com uma mina de acarias no querto escuro dá
A vida dança aos goles diz:
huahuahuhauhauhauhuhaa
A vida dança aos goles diz:
que massa hein
A vida dança aos goles diz:
foi mandado embora?
JABAGNUM diz:
acarias?
A vida dança aos goles diz:
hehehhehe
JABAGNUM diz:
que porra é essa?
A vida dança aos goles diz:
ou quebrou
A vida dança aos goles diz:
caricias
A vida dança aos goles diz:
trocando carinho
JABAGNUM diz:
não, quebrou mesmo
A vida dança aos goles diz:
huahuahuahua
A vida dança aos goles diz:
não aquele carinho gay também né
JABAGNUM diz:
vc quiz dizer no quarto o zacarias, hahahahahaa
A vida dança aos goles diz:
hehehhehehehe
A vida dança aos goles diz:
pode crer
JABAGNUM diz:
é, cabelo
A vida dança aos goles diz:
credo marquito
A vida dança aos goles diz:
vc acha?
A vida dança aos goles diz:
huahuahhaua
JABAGNUM diz:
hahahaahah
A vida dança aos goles diz:
hehehehehehe
JABAGNUM diz:
música boa pra curtir com uma mina é um taty quebra barraco
A vida dança aos goles diz:
vc conhece super furry animals?
A vida dança aos goles diz:
caralho de porra é essa
JABAGNUM diz:
não, tá baixando? eles são suecos?
JABAGNUM diz:
porra, não conhece a taty?
JABAGNUM diz:
funqueira de letras pornográficas?
A vida dança aos goles diz:
que massa
A vida dança aos goles diz:
ela pelo menos é gostosa
A vida dança aos goles diz:
eu tenho um disco deles
JABAGNUM diz:
porra, no florica rola
A vida dança aos goles diz:
eu gostei pra caralho
JABAGNUM diz:
que nada, uma baita duma baranga. o slogan dela é "sou feia mas estou na moda"
A vida dança aos goles diz:
ahahahahaha
JABAGNUM diz:
e echo and the bunnyman?
A vida dança aos goles diz:
a grande ilusão do feio, pobre, fudido, que não faz sexo, que mora em favela
A vida dança aos goles diz:
pode crer
A vida dança aos goles diz:
conheço
A vida dança aos goles diz:
vou baixar também
A vida dança aos goles diz:
cara muita coisa
A vida dança aos goles diz:
uhuhauhuahhauhauhua
JABAGNUM diz:
raapz, feia é. pobr e fudida deixou de ser. sexo deve fazer pra caralho. pobre sabe o qu eé bom, se deixa levar pelos instintos
A vida dança aos goles diz:
heheuhauhauhuahuahuhaua
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quarta-feira, julho 13, 2005
da série musas fictícias
splash, a sereia!
até hoje me lembro da cena. daryl hannah na casa do vinte anos desfilando nuazinha na praia. a exclamação do guarda foi copiada exaustivamente por mim e pelos colegas de escola na época em que o filme passou na TV: "mas como é boa!"
muito boa, uma cena de cinema realmente boa.
Comments:
splash, a sereia!
até hoje me lembro da cena. daryl hannah na casa do vinte anos desfilando nuazinha na praia. a exclamação do guarda foi copiada exaustivamente por mim e pelos colegas de escola na época em que o filme passou na TV: "mas como é boa!"
muito boa, uma cena de cinema realmente boa.
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sexta-feira, julho 08, 2005
da série ilustres tricolores
Em viagem à Argentina, certo passageiro foi interpelado no aeroporto por um funcionário da saúde pública, que lhe estendeu a mão e disse: “Vacunacíon, señor”. Como resposta, o médico recebeu um aperto de mão e a saudação “vacunacion para usted también”. O doutor ficou enfezado e expulsou o gozador do avião sem sequer pedir o atestado de vacina. A autoridade foi mais uma das vítimas do menino que usou o esqueleto humano da sala de aula para dar uma banana à professora, do rapaz que dormia durante o expediente no Banco do Brasil e do homem que sacudiu o Brasil pré-copa de 70 com suas crônicas debochadas.
Sérgio Porto praticou jornalismo numa época em que o ofício era sinônimo de romantismo e boemia. Sério e reservado para aqueles que o observavam à distância, era na verdade um humorista de primeira. Sob a alcunha de Stanislaw Ponte Preta, criou personagens e inventou comparações hilárias, como “mais suado que marcador de Pelé”, “mais feio que mudança de pobre” ou “mais inchada que cabeça de botafoguense”. Quando veio o ano de 64, não perdeu a dividida e apelidou o golpe militar de “A Redentora”. Aproveitou o clima de agitação política para colecionar os casos absurdos que infestavam o noticiário, como a decisão de um delegado de mandar prender o dramaturgo Sófocles por causa de uma peça que fora encenada na época. Daí surgiu o Festival de Besteiras que Assola o País, ou FEBEAPÁ. As besteiras foram tantas que o festival rendeu três livros.
No texto “Auto-retrato do artista quando não tão jovem”, Sérgio Porto (ou Stanislaw) traçou de forma irreverente e direta o próprio perfil. Nele, escreveu sobre a especialidade gastronômica que lhe enchia de orgulho (ovo estrelado), confessou sentir medo de insetos corpulentos e revelou a sua principal motivação (mulheres). As mulheres, aliás, não estavam presentes apenas nas madrugadas turbinadas por uísque. Foi graças a elas que ele ganhou notoriedade, quando criou na revista Manchete a seção “As mulheres mais bem despidas do ano”, uma brincadeira com a lista das mulheres mais bem vestidas de 1954, publicada no mesmo veículo. Chamava as mocinhas de “certinhas do Lalau”, em alusão ao recheio esteticamente “certo” daqueles trajes de banho.
Embora chegado numa farra, o autor da crônica “A velha contrabandista” – onipresente nos livros de Português dos meus tempos de escola – era um workaholic, numa época em que nem era moda usar essa palavra. O trabalho lhe dava notoriedade, mas pouco dinheiro. Para compensar, escrevia, escrevia muito, para imprensa, rádio e televisão. Chegava a ficar 15 horas batucando na máquina de escrever, de calção e sandálias havaianas, com um jazz ou um samba na vitrola para aliviar a barra. Era trabalho demais. O primeiro enfarto veio aos 36 anos. O quinto o matou aos 45, em setembro de 1968. Morreu cedo, como morreriam alguns dos ídolos que agitaram aquele conturbado ano. "Prefiro viver assim até os 40 do que vegetar até os 80", costumava dizer, entre uma dose de uísque e outra de cocaína, que ele chamava de “moça boliviana”.
O tricolor inveterado e mão aberta era também um pai severo. Deixou três filhas.
Comments:
Em viagem à Argentina, certo passageiro foi interpelado no aeroporto por um funcionário da saúde pública, que lhe estendeu a mão e disse: “Vacunacíon, señor”. Como resposta, o médico recebeu um aperto de mão e a saudação “vacunacion para usted también”. O doutor ficou enfezado e expulsou o gozador do avião sem sequer pedir o atestado de vacina. A autoridade foi mais uma das vítimas do menino que usou o esqueleto humano da sala de aula para dar uma banana à professora, do rapaz que dormia durante o expediente no Banco do Brasil e do homem que sacudiu o Brasil pré-copa de 70 com suas crônicas debochadas.
Sérgio Porto praticou jornalismo numa época em que o ofício era sinônimo de romantismo e boemia. Sério e reservado para aqueles que o observavam à distância, era na verdade um humorista de primeira. Sob a alcunha de Stanislaw Ponte Preta, criou personagens e inventou comparações hilárias, como “mais suado que marcador de Pelé”, “mais feio que mudança de pobre” ou “mais inchada que cabeça de botafoguense”. Quando veio o ano de 64, não perdeu a dividida e apelidou o golpe militar de “A Redentora”. Aproveitou o clima de agitação política para colecionar os casos absurdos que infestavam o noticiário, como a decisão de um delegado de mandar prender o dramaturgo Sófocles por causa de uma peça que fora encenada na época. Daí surgiu o Festival de Besteiras que Assola o País, ou FEBEAPÁ. As besteiras foram tantas que o festival rendeu três livros.
No texto “Auto-retrato do artista quando não tão jovem”, Sérgio Porto (ou Stanislaw) traçou de forma irreverente e direta o próprio perfil. Nele, escreveu sobre a especialidade gastronômica que lhe enchia de orgulho (ovo estrelado), confessou sentir medo de insetos corpulentos e revelou a sua principal motivação (mulheres). As mulheres, aliás, não estavam presentes apenas nas madrugadas turbinadas por uísque. Foi graças a elas que ele ganhou notoriedade, quando criou na revista Manchete a seção “As mulheres mais bem despidas do ano”, uma brincadeira com a lista das mulheres mais bem vestidas de 1954, publicada no mesmo veículo. Chamava as mocinhas de “certinhas do Lalau”, em alusão ao recheio esteticamente “certo” daqueles trajes de banho.
Embora chegado numa farra, o autor da crônica “A velha contrabandista” – onipresente nos livros de Português dos meus tempos de escola – era um workaholic, numa época em que nem era moda usar essa palavra. O trabalho lhe dava notoriedade, mas pouco dinheiro. Para compensar, escrevia, escrevia muito, para imprensa, rádio e televisão. Chegava a ficar 15 horas batucando na máquina de escrever, de calção e sandálias havaianas, com um jazz ou um samba na vitrola para aliviar a barra. Era trabalho demais. O primeiro enfarto veio aos 36 anos. O quinto o matou aos 45, em setembro de 1968. Morreu cedo, como morreriam alguns dos ídolos que agitaram aquele conturbado ano. "Prefiro viver assim até os 40 do que vegetar até os 80", costumava dizer, entre uma dose de uísque e outra de cocaína, que ele chamava de “moça boliviana”.
O tricolor inveterado e mão aberta era também um pai severo. Deixou três filhas.
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quinta-feira, julho 07, 2005
estou farto dessa onda de pulseiras coloridas. tem rosa conntra o câncer de mama, prata contra câncer geral, preta e branca contra o racismo, laranja contra tabagismo. tudo moda, moda, moda, nos pulsos dos moleques e molecas da mata da praia. pensando bem, vou aderir à onda. vou patentear uma preta com uma gilete pendurada e usá-la para cortar as pulseiras (e os pulsos) dos escravinhos da moda.
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