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sábado, outubro 04, 2003

eu poderia deixar baixo e ouvir a parada escondido. ninguém descobriria. só que eu, como legítimo herói camusiano, recuso-me a mentir. quem me conhece bem (são pouquíssimas pessoas) sabe que eu não faço gênero de cult ou antenadinho ou indie ou intelectual ou qualquer coisa parecida. por isso não tenho pudor de dizer que ontem gastei divertidas horas ouvindo pancadão na rádio universitária. é, lá mesmo, na cento e quatro vírgula sete, rola, de segunda a sexta, um programa com o legítimo punk brasileiro. você não leu errado, eu escrevi punk mesmo. chamei o funk (pancadão, funk carioca, seja lá qual for) de punk. sem medo de ser chamado de louco. aquela galera do morro há anos produz de forma independente, faça você mesmo na lata, e sem o suporte de fanzines ou da internet. mcs sem rosto assumem o papel de cronistas contemporâneos, com raps que falam da bandidagem, da vida honesta, de mulheres, de sexo, cocaína. tudo de forma seca, com rimas pobres, sem polimento. falei besteira? f-o-d-a-s-e. sem eu fosse um cientista social qulaquer da usp, pós-graduado em uma universidade qualquer da frança e escrevesse em uma conceituada revista cultural qualquer, aposto que você aceitaria a minha opinião.

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