domingo, outubro 12, 2003
da série post recuperado do bastardo, o blog que não arquivava:
foi uma tremenda aventura. eu e meu capanga em algum lugar da br262, em busca de cervejas e muléres boas e baratas. entramos no recinto após deixarmos, cada um, cinco contos no caixa. lá dentro era o paraíso, ou seria o inferno? inferninho com luzes estroboscópicas e capetinhas lascivas por todos os lados. pop barato e pancadão nas picapes. sentamos numa das muitas mesas desocupadas. imediatamente veio uma guria nos atender. ela vestia uma microssaia dourada que mais parecia um tapa-sexo, bota de salto alto e um minúsculo bustiê de lantejoulas, que deixava à mostra sua barriga pouco sarada, enfeitada por um piercing cor-de-rosa. "querem beber alguma coisa?", perguntou a messalina suburbana. "uma cerveja, quanto é?", respondi, preocupado em não perder o controle das finanças. "três reais, a cintra, e cinco a skol". pedimos uma cintra. perguntei quando iria começar o próximo strip. "daqui a uns dez minutos, mais ou menos, vai ser uma menina muito bonita", respondeu empolgada, se esquecendo de que nós não estávamos ali para ver mulher feia. começa o strip, ao som de madonna. like a virgin. outra cintra, uma mulata no colo, depois uma ruiva, e por fim uma magrela menor de idade. todas visitavam a nossa mesa e saíam meio aborrecidas com nosso pão-durismo. aborrecidas com o pão-durismo e não com o pau-durismo. tentamos passar o migué pra comer algumas da graça, mas nada. já era bem tarde. fim de rock. poucos homens no estabelecimento. sóbrios, só eu e meu parceiro. a essa altura já éramos amigos da garçonete da saia dourada. aos dezesseis anos saiu da bahia para conseguir emprego aqui no estado. trabalhou como doméstica até os dezessete, quando engravidou de um fulano qualquer. entrou na vida aos dezenove, para sustentar o mateus. "estou juntando uma grana para abrir um salão de beleza, fico aqui no máximo mais dois anos, e vocês, o que vocês fazem?, nossa que chique, quando que vocês vão me entrevistar? brincadeira. devem ganhar bem, né! duvido. depende, quanto vocês pagam? de graça não, onde já se viu posar de graça? um dia eu ainda vou ser capa da playboy, vocês vão ver". o show havia terminado, assim como nosso papo com a putinha começava a esfriar. nos despedimos dela com beijos nos rosto e fomos embora, satisfeitos com a noite no inferninho.
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foi uma tremenda aventura. eu e meu capanga em algum lugar da br262, em busca de cervejas e muléres boas e baratas. entramos no recinto após deixarmos, cada um, cinco contos no caixa. lá dentro era o paraíso, ou seria o inferno? inferninho com luzes estroboscópicas e capetinhas lascivas por todos os lados. pop barato e pancadão nas picapes. sentamos numa das muitas mesas desocupadas. imediatamente veio uma guria nos atender. ela vestia uma microssaia dourada que mais parecia um tapa-sexo, bota de salto alto e um minúsculo bustiê de lantejoulas, que deixava à mostra sua barriga pouco sarada, enfeitada por um piercing cor-de-rosa. "querem beber alguma coisa?", perguntou a messalina suburbana. "uma cerveja, quanto é?", respondi, preocupado em não perder o controle das finanças. "três reais, a cintra, e cinco a skol". pedimos uma cintra. perguntei quando iria começar o próximo strip. "daqui a uns dez minutos, mais ou menos, vai ser uma menina muito bonita", respondeu empolgada, se esquecendo de que nós não estávamos ali para ver mulher feia. começa o strip, ao som de madonna. like a virgin. outra cintra, uma mulata no colo, depois uma ruiva, e por fim uma magrela menor de idade. todas visitavam a nossa mesa e saíam meio aborrecidas com nosso pão-durismo. aborrecidas com o pão-durismo e não com o pau-durismo. tentamos passar o migué pra comer algumas da graça, mas nada. já era bem tarde. fim de rock. poucos homens no estabelecimento. sóbrios, só eu e meu parceiro. a essa altura já éramos amigos da garçonete da saia dourada. aos dezesseis anos saiu da bahia para conseguir emprego aqui no estado. trabalhou como doméstica até os dezessete, quando engravidou de um fulano qualquer. entrou na vida aos dezenove, para sustentar o mateus. "estou juntando uma grana para abrir um salão de beleza, fico aqui no máximo mais dois anos, e vocês, o que vocês fazem?, nossa que chique, quando que vocês vão me entrevistar? brincadeira. devem ganhar bem, né! duvido. depende, quanto vocês pagam? de graça não, onde já se viu posar de graça? um dia eu ainda vou ser capa da playboy, vocês vão ver". o show havia terminado, assim como nosso papo com a putinha começava a esfriar. nos despedimos dela com beijos nos rosto e fomos embora, satisfeitos com a noite no inferninho.
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